1981 - Depois que deixou de correr na Fórmula 1, nunca o nome de Emerson Fittipaldi foi tão comentado pela imprensa internacional como no mês de junho.
Tudo isso porque surgiu a notícia de que ele voltaria às pistas, para pilotar um carro da equipe McLaren ou Ferrari patrocinado pela Marlboro. Havia também informações de que, além de Emerson, Niki Lauda e James Hunt também voltariam a correr. A atual falta de ídolos é uma das justificativas.
No caso específico de Emerson, além de voltar a correr, sua equipe, a Fittipaldi, receberia uma forte injeção de dinheiro da Marlboro para continuar tentando se firmar na Fórmula 1. O que ainda não aconteceu apesar dos esforços de Emerson nestes últimos cinco longos anos.
Recentemente, Emerson mandou um novo capacete para a oficina de Sid Mosca, um dos melhores pintores de capacetes e carros de corrida do mundo e que trabalha em São Paulo.
Das duas uma: ou Emerson pretende realmente voltar a correr na Fórmula 1 ou então quer se apresentar "bem trajado" quando for convidado a participar das corridas históricas que frequentemente se realizam na Inglaterra.
A verdade é que a necessidade de dinheiro pode mudar com muita facilidade a opinião de qualquer pessoa.
Emerson Fittipaldi repetiu várias vezes, que quando sentisse não ter mais condições de correr tiraria o capacete e faria pública sua decisão.
Talvez esse fosse o seu desejo inicial, pois não foi assim que agiu no final do ano passado, quando tomou a decisão de parar de correr após o Grande Prêmio dos Estados Unidos: ele só anunciou a sua decisão quando se liberou do patrocinador, a Skol, no mês de janeiro, pois, caso a Skol continuasse patrocinando, Emerson não poderia abandonar as pistas.
Por isso, é muito estranho saber que Emerson Fittipaldi poderá voltar a correr depois de vários meses como chefe de equipe. Mas quando se sabe das dificuldades financeiras por que ela passa, pode-se até admitir que o novo capacete encomendado seja estreado num Grande Prêmio.