1982 - Comissário de pista com o privilégio de trabalhar no Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, quero fazer um relato, a nível pessoal: Lamento a morte trágica de Gilles Villeneuve. Talvez poucas pessoas no mundo tiveram sensação tão maravilhosa quando eu de conversar cerca de 20 minutos com ele e ser agraciado com seu capuz anti-fogo, demonstração de respeito e agradecimento pelo nosso trabalho.
Posso defini-lo como atencioso, carinhoso, extremamente dedicado à Ferrari. Choro agora como chorei ao saber de sua morte. Sinto ter perdido um amigo, que respondia sorrindo a qualquer pergunta e deixava sempre a impressão de bem-estar consigo mesmo e com o mundo.
Resta-nos, agora, recordar aquelas ultrapassagens arrojadas, personalizadas... Não mais o veremos em seu lugar de direito, ou seja, o primeiro do pódio, estourando o champanha.
Acredito, Gilles, esteja onde estiver, que jamais o esqueceremos e a você restará eternamente uma vaga em todos os pódios de cada circuito de Fórmula 1.
Até breve, Gilles!
Gildo Pires, Rio de Janeiro, RJ 1982