Jean-Pierre Jabouille e Guy Ligier no hospitalité center da equipe explicam para os jornalista porque a JS19 não é ilegal
1982 - Monaco não pode ser considerado o lugar ideal para a estréia de um carro. Mas, como Jacques Laffite fez questão de frisar, "o Ligier JS-19 tinha que estrear um dia. Como as próximas etapas são em Detroit e Montreal, que também são circuitos de rua, de acerto difícil, resolvemos trazer o carro direto para Monaco".
Antes de treinar no principado, o novo Talbot Ligier - JS19 só havia ido para a pista anteriormente uma vez e, assim mesmo, para dar umas poucas voltas no rapidíssimo traçado de Paul Ricard. As marcas foram razoáveis mas ficara mais do que claro que ainda havia muita coisa a fazer.
Pior mesmo foi apresentar o automóvel, imaculado, limpíssimo, cheirando a novo, e receber a notícia de que não poderia competir, nem mesmo treinar.
Jacques Laffite e Eddie Cheever haviam dado poucas voltas quando um comissário técnico informou a Guy Ligier que, a exemplo do Lotus 80, o novo Ligier JS-19 era ilegal.
Jacques Laffite testa em Paul Ricard, carenagem e aerofólio em uma só peça: o motivo do protesto contra o Talbot Ligier - JS19
Segundo a interpretação do regulamento feita pela direção da prova, a carenagem não poderia ultrapassar o eixo traseiro, e no JS-19 ela ultrapassa em 60 cm e vai até a extremidade posterior do aerofólio, formando uma só peça.
Imediatamente, Guy Ligier alegou que sem este recurso o carro ficaria muito perigoso e melhor seria não participar da prova. Surpreendentemente, Jacques Laffite fez pressão contrária e justificou que "sem o prolongamento da carenagem o carro perde de 10 a 15% de down-force. E sem este percentual ele se transforma em um carro convencional, sem qualquer novidade".
Diante desta argumentação, a equipe participou da prova com a carrenagem dentro dos limites estipulados pelo regulamento. Laffite foi o 18º no grid e Cheever o 16º. Na corrida, o primeiro abandonou com problemas de dirigibilidade e o outro, com o motor fundido.
Imediatamente, Guy Ligier alegou que sem este recurso o carro ficaria muito perigoso e melhor seria não participar da prova. Surpreendentemente, Jacques Laffite fez pressão contrária e justificou que "sem o prolongamento da carenagem o carro perde de 10 a 15% de down-force. E sem este percentual ele se transforma em um carro convencional, sem qualquer novidade".
Diante desta argumentação, a equipe participou da prova com a carrenagem dentro dos limites estipulados pelo regulamento. Laffite foi o 18º no grid e Cheever o 16º. Na corrida, o primeiro abandonou com problemas de dirigibilidade e o outro, com o motor fundido.