quarta-feira, 19 de novembro de 2014

SOLARIS


1972Solaris é considerado um clássico do cinema de ficção científica, o contraponto soviético ao filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick. O filme do diretor Tarkowski filmado em ritmo lento com longos plano-sequência e poucos diálogos (não recomendado para os debilóides que adoram Star War). Gosto tanto do livro como do filme (o de 1972).

"I saw this film late at night in a preview room in Moscow for the first time, and soon I felt my heart aching in agony with a longing to return to the earth as quickly as possible. Marvellous progress in science we have been enjoying, but where will it lead humanity after all? Sheer fearful emotion this film succeeds in conjuring up in our soul. Without it, a science fiction movie would be nothing more than a petty fancy. 

These thoughts came and went while I was gazing at the screen. 

Tarkovsky was together with me then. He was at the corner of the studio. When the film was over, he stood up, looking at me as if he felt timid. I said to him, "Very good. It makes me feel real fear." Tarkovsky smiled shyly, but happily. And we toasted vodka at the restaurant in the Film Institute. Tarkovsky, who didn't drink usually, drank a lot of vodka, and went so far as to turn off the speaker from which music had floated into the restaurant, and began to sing the theme of samurai from Seven Samurai at the top of his voice."

As if to rival him, I joined in.

For I was at that moment very happy to find myself living on Earth.

Solaris makes a viewer feel this, and even this single fact shows us that Solaris is no ordinary SF film. It truly somehow provokes pure horror in our soul. And it is under the total grip of the deep insights of Tarkovsky

Comentário do diretor Akira Kurosawa




O polonês Stanislaw Lem, (1921 - 2006) foi um escritor de ficção científica, cujos livros venderam mais de 27 milhões de exemplares e foram traduzidos para mais de 40 idiomas. "Solaris", publicado em 1961, e que se passa numa estação espacial, foi adaptado para o cinema em 1972 pelo diretor russo Andrei Tarkóvski

O livro foi relançado no Brasil em 2003 pela editora Relume Dumará, com tradução de José Sanz. O livro saiu com uma capa horrível aproveitando a onda da fraca refilmagem feita em 2002 pelo diretor americano Steven Soderbergh.

O filme de 1972 foi lançado em DVD no Brasil pela extinta distribuidora Continental Home Video.