1979 - A fundação da Nova Federação Mundial de Esporte e Motor, presidida pelo francês Jean-Marie Balestre e vice-presidida pelo brasileiro Charles Naccache, já confirmou modificações substanciais no Campeonato Mundial de Pilotos, que teve até sua denominação mudada, passando a ser chamado Campeonato Mundial de Fórmula 1.
Se a Fórmula 1, do jeito que era, já podia ser classificada como uma meta que poucos homens no mundo podiam atingir, agora é um objetivo ainda mais distante. E isto é mais um "serviço" que até hoje a inoperante Comissão Esportiva Internacional, a CSI, da FIA, vem prestar ao automobilismo.
Sempre apontada como um órgão de vitrina, mais propensa às mordomias que às árduas lides diretivas, a CSI elegeu um novo presidente, o controvertido francês Jean-Marie Balestre, cuja principal decisão foi a de moralizar a entidade e aumentar as barreiras contra o sempre crescente dominio de Bernie Ecclestone nas principais categorias mundiais. Pelo menos, isto era o que dele se dizia...
O que se ouviu durante a conferência anual de imprensa da FIA, quando foram entregues os prêmios aos vencedores dos campeonatos internacionais, esteve longe de afastar as rédeas das mãos de Bernie. Pelo contrário, mais do que nunca, e praticamente imprescindível às equipes serem membros da Associação dos Construtores da Fórmula 1, e a ascensão dos novos pilotos transformou-se, hoje, em um sonho quase impossível. E também o sistema de contagem de pontos, substancialmente modificado, passará a ter papel preponderante na diminuição de interesse do público, dos pilotos e das equipes, pela Fórmula 1.
Jean-Marie Balestre iniciou a conferência frisando que é novo no cargo e espera de todos tempo suficiente para que seu sistema mostre suas qualidades e/ou defeitos, e fez questão também de deixar claro que, caso os defeitos sejam maiores que as qualidades, ele não esperaria o final de seu mandato, de três anos, para abandonar o pôsto.
Em seguida, ele fez uma explanação sobre o novo sistema de pontuação, que dificilmente pode ser encarado como um incentivo ao desenvolvimento da resistência dos componentes dos carros da Fórmula 1. A temporada será dividida em duas metades, ambas com oito provas. De cada metade, cada piloto ou construtor contará apenas seus quatro melhores resultados, abandonando os quatro restantes.
Este sistema entrará em vigor imediatamente, mas vale à pena observar que, se ele já estivesse valendo em 1978, o vice-campeão seria o argentino Carlos Reutemann, cuja temporada foi bem inferior em resultados e brilho que a do verdadeiro vice-campeão, o falecido e espetacular sueco Ronnie Peterson.
Ora, se para alguns o sistema anterior já era um desvirtuamento do espírito de competição das corridas, o que dizer agora? Porém, não era este o último nem o pior golpe de Balestre para a Fórmula 1.
Ele confirmou as novas regras que tornarão ainda mais difícil o ingresso de novos construtores na categoria máxima, apesar delas não serem tão duras quando se divulgara antes. As equipes que não pertencem à Associação de Construtores são obrigadas a depositar uma caução de US$ 30 mil, três meses antes da prova em que fará sua estréia, e neste caso já se inclui a nova equipe Kauhsen, cujo depósito chegou à CSI horas antes do início da conferência.
Alem disso, só 27 pilotos terão permissão de disputar os pontos válidos pelo Campeonato Mundial e somente as equipes que marcaram pontos em 78 ou são membros da Associação poderão marcar pontos, este ano.
Mas, inexplicavelmente, figura a equipe Merzario, que não preenche nenhum dos dois requisitos, já que não marcou nenhum ponto e não é membro da Associação... Mas, o italiano aparece entre os participantes oficiais, cuja lista com seus respectivos números de inscrição é a seguinte:
1- Andretti
2- Reutemann
3- Pironi
4- Jarier
5- Lauda
6- Piquet
7- Watson
8- Tambay
9- Stuck
10- Scheckter
12- Villeneuve
14- Fittipaldi
15- Jabouille
16- Arnoux
17- Lammers
18- Ongais
20- Hunt
22- Daly
24- Merzario
25- Depailler
26- Laffite
27- Jones
28- Regazzoni
29- Patrese
30- Mass
31- Rebaque
33 - Neve
Apenas estes pilotos terão direito a marcar pontos no Mundial de 1979.
Porém, a em paralelo uma outra lista com 20 pilotos que poderão participar das provas do Mundial, desde que as equipes, no caso de não serem uma das associadas à FOCA ou que não tenham pontos em 78, depositem os US$ 30 mil com três meses de antecedência. Mas nem assim terão direito aos pontos.
Por exemplo, se Ingo Hoffmann ou Alex Dias Ribeiro, ambos incluídos na lista dos 20, correrem em algum Grande Prêmio neste ano e vencerem, não receberão os nove pontos, que também não serão dados a ninguém. Ou seja, o segundo colocado receberá apenas seus seis pontos, desde que seja um dos 27 eleitos, e os nove pontos do primeiro serão desprezados. E se uma das equipes com pontos em 78 ou associadas à FOCA desejar inscrever um carro à mais, como a McLaren fez com Giacomelli no ano passado, ela poderá fazê-lo desde que avise à CSI com três meses de antecedência.
Jean-Marie Balestre afirmou também que apenas os citados 27 carros poderão disputar as 24 vagas, novo limite de participantes de cada corrida, somando-se aos 27 mais um piloto de qualquer outra equipe. Porém, se houver maior número de solicitações de inscrição, então os excedentes participarão de uma pre-classificação da qual só sairá o mais rápido, que então se juntará aos 27 para tentar ser um dos 24 na largada, depois dos treinos oficiais.
Cada um dos 27 nomes incluídos na lista dos eleitos será obrigado a participar das 16 provas, a menos que esteja ferido ou doente.
Caso essa regra não seja observada, o infrator será obrigado a pagar ao clube organizador da competição uma multa de US$20 mil. No caso de um piloto estar ferido ou doente, ele poderá ser substituído por um dos nomes da lista dos 20.
Balestre não soube responder se, neste caso, o piloto-reserva estaria apto à pontuação no Mundial e a equipe no Campeonato de Construtores, mas espera-se que a questão esteja resolvida, antes de que a hipótese transforme-se em realidade.
Outro aspecto não previsto nas novas regulamentações seria o caso de uma equipe desejar substituir seu piloto por não estar satisfeita com seu trabalho, contratando um novo nome. Porém, segundo o espírito das regras, isto não seria mais permitido.
Finalmente, a lista dos 20 não é rígida, podendo receber novas adesões desde que o candidato seja proposto pelo órgão máximo de seu país, a CBA no caso do Brasil. Estes são os integrantes da segunda lista:
BRASIL: Ingo Hoffimann, Alex Dias Ribeiro
SUÉCIA: Eje Elgh, Anders Olofsson, Stephan Johansson
FRANÇA: Michel Leclere, Henri Pescarolo
INGLATERRA: Rupert Keegan
BÉLGICA: Jacky Ickx
ARGENTINA: Ricardo Zunino
EUA: Eddie Cheever
IRLANDA: David Kennedy
SUÍÇA: Marc Surer
FINLÂNDIA: Keijo Rosberg
ITÁLIA: Vittorio Brambilla, Bruno Giacomelli, Piercarlo Ghinzani, Gianfranco Brancatelli, Alberto Colombo, Elio de Angelis
De fato, esta lista traz alguns nomes que não deveriam figurar e despreza outros que estão à altura de qualquer piloto dos citados, como o inglês Brian Henton. E se figuram Anders Olofsson e Stephan Johansson, onde está Chico Serra? Talvez eles não preencham alguns dos misteriosos requisitos exigidos.
Jean-Marie Balestre iniciou a conferência frisando que é novo no cargo e espera de todos tempo suficiente para que seu sistema mostre suas qualidades e/ou defeitos, e fez questão também de deixar claro que, caso os defeitos sejam maiores que as qualidades, ele não esperaria o final de seu mandato, de três anos, para abandonar o pôsto.
Em seguida, ele fez uma explanação sobre o novo sistema de pontuação, que dificilmente pode ser encarado como um incentivo ao desenvolvimento da resistência dos componentes dos carros da Fórmula 1. A temporada será dividida em duas metades, ambas com oito provas. De cada metade, cada piloto ou construtor contará apenas seus quatro melhores resultados, abandonando os quatro restantes.
Este sistema entrará em vigor imediatamente, mas vale à pena observar que, se ele já estivesse valendo em 1978, o vice-campeão seria o argentino Carlos Reutemann, cuja temporada foi bem inferior em resultados e brilho que a do verdadeiro vice-campeão, o falecido e espetacular sueco Ronnie Peterson.
Ora, se para alguns o sistema anterior já era um desvirtuamento do espírito de competição das corridas, o que dizer agora? Porém, não era este o último nem o pior golpe de Balestre para a Fórmula 1.
Ele confirmou as novas regras que tornarão ainda mais difícil o ingresso de novos construtores na categoria máxima, apesar delas não serem tão duras quando se divulgara antes. As equipes que não pertencem à Associação de Construtores são obrigadas a depositar uma caução de US$ 30 mil, três meses antes da prova em que fará sua estréia, e neste caso já se inclui a nova equipe Kauhsen, cujo depósito chegou à CSI horas antes do início da conferência.
Alem disso, só 27 pilotos terão permissão de disputar os pontos válidos pelo Campeonato Mundial e somente as equipes que marcaram pontos em 78 ou são membros da Associação poderão marcar pontos, este ano.
Mas, inexplicavelmente, figura a equipe Merzario, que não preenche nenhum dos dois requisitos, já que não marcou nenhum ponto e não é membro da Associação... Mas, o italiano aparece entre os participantes oficiais, cuja lista com seus respectivos números de inscrição é a seguinte:
1- Andretti
2- Reutemann
3- Pironi
4- Jarier
5- Lauda
6- Piquet
7- Watson
8- Tambay
9- Stuck
10- Scheckter
12- Villeneuve
14- Fittipaldi
15- Jabouille
16- Arnoux
17- Lammers
18- Ongais
20- Hunt
22- Daly
24- Merzario
25- Depailler
26- Laffite
27- Jones
28- Regazzoni
29- Patrese
30- Mass
31- Rebaque
33 - Neve
Apenas estes pilotos terão direito a marcar pontos no Mundial de 1979.
Porém, a em paralelo uma outra lista com 20 pilotos que poderão participar das provas do Mundial, desde que as equipes, no caso de não serem uma das associadas à FOCA ou que não tenham pontos em 78, depositem os US$ 30 mil com três meses de antecedência. Mas nem assim terão direito aos pontos.
Por exemplo, se Ingo Hoffmann ou Alex Dias Ribeiro, ambos incluídos na lista dos 20, correrem em algum Grande Prêmio neste ano e vencerem, não receberão os nove pontos, que também não serão dados a ninguém. Ou seja, o segundo colocado receberá apenas seus seis pontos, desde que seja um dos 27 eleitos, e os nove pontos do primeiro serão desprezados. E se uma das equipes com pontos em 78 ou associadas à FOCA desejar inscrever um carro à mais, como a McLaren fez com Giacomelli no ano passado, ela poderá fazê-lo desde que avise à CSI com três meses de antecedência.
Jean-Marie Balestre afirmou também que apenas os citados 27 carros poderão disputar as 24 vagas, novo limite de participantes de cada corrida, somando-se aos 27 mais um piloto de qualquer outra equipe. Porém, se houver maior número de solicitações de inscrição, então os excedentes participarão de uma pre-classificação da qual só sairá o mais rápido, que então se juntará aos 27 para tentar ser um dos 24 na largada, depois dos treinos oficiais.
Cada um dos 27 nomes incluídos na lista dos eleitos será obrigado a participar das 16 provas, a menos que esteja ferido ou doente.
Caso essa regra não seja observada, o infrator será obrigado a pagar ao clube organizador da competição uma multa de US$20 mil. No caso de um piloto estar ferido ou doente, ele poderá ser substituído por um dos nomes da lista dos 20.
Balestre não soube responder se, neste caso, o piloto-reserva estaria apto à pontuação no Mundial e a equipe no Campeonato de Construtores, mas espera-se que a questão esteja resolvida, antes de que a hipótese transforme-se em realidade.
Outro aspecto não previsto nas novas regulamentações seria o caso de uma equipe desejar substituir seu piloto por não estar satisfeita com seu trabalho, contratando um novo nome. Porém, segundo o espírito das regras, isto não seria mais permitido.
Finalmente, a lista dos 20 não é rígida, podendo receber novas adesões desde que o candidato seja proposto pelo órgão máximo de seu país, a CBA no caso do Brasil. Estes são os integrantes da segunda lista:
BRASIL: Ingo Hoffimann, Alex Dias Ribeiro
SUÉCIA: Eje Elgh, Anders Olofsson, Stephan Johansson
FRANÇA: Michel Leclere, Henri Pescarolo
INGLATERRA: Rupert Keegan
BÉLGICA: Jacky Ickx
ARGENTINA: Ricardo Zunino
EUA: Eddie Cheever
IRLANDA: David Kennedy
SUÍÇA: Marc Surer
FINLÂNDIA: Keijo Rosberg
ITÁLIA: Vittorio Brambilla, Bruno Giacomelli, Piercarlo Ghinzani, Gianfranco Brancatelli, Alberto Colombo, Elio de Angelis
De fato, esta lista traz alguns nomes que não deveriam figurar e despreza outros que estão à altura de qualquer piloto dos citados, como o inglês Brian Henton. E se figuram Anders Olofsson e Stephan Johansson, onde está Chico Serra? Talvez eles não preencham alguns dos misteriosos requisitos exigidos.