quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

ITACOLOMY 500



1975 - Se os organizadores da prova Itacolomy 500 pudessem prever metade das confusões em que se veriam envolvidos e que estão rendendo até hoje, a competiçâo foi realizada domingo, dia 18, talvez não tivessem sequer permitido a largada.

No escritório da Mecânica Korça, Válter Barchi, o Tucano, garante que sua suspensão por um ano foi injusta. Sua versão do incidente que lhe causou a punição foi simples: seu Passat foi abalroado por outro competidor logo na quarta volta, na Curva da Junção, saiu da pista e foi bater no Opala de um bandeirinha, estacionado ao lado da pista:

" O cara veio correndo, dizendo que ia me matar caso não pagasse os estragos. Nem liguei e fui para o meu boxes. Mais tarde, fui ver o carro e surpreendi alguém o arrombando. Eu e meus mecânicos aplicamos-lhe uma surra. "

Barchi diz que era um bandeirinha e que mais de 60 outros fiscais de pista, "um armado", vieram em defesa do colega. O organizador da prova, Antônio Carlos Avallone, garante que o "armado" era da turma do piloto. O caso foi parar na polícia. Aliás, toda a prova foi um caso de polícia.

Após seis horas, foi suspensa, pois os cronometristas já não conseguiam controlar a posição dos competidores, mais de 70 carros. O mapa final estava errado e só às 23 horas, depois de consultadas as papeladas, conheceram-se os vencedores. Agora, algumas equipes continuam exigindo a abertura dos motores dos melhores colocados, apontando irregularidades. Este tipo de desconfiança ocorria antes mesmo da largada e, por isso, a equipe Mercantil-Finasa não alinhou.

José Carlos Pace negou-se a correr, pois exigia, além dos prêmios, dinheiro para largar. Ao final de tudo, as 500 Milhas, que não chegaram a tanto, foram vencidas por Aluísio Andrade Filho e Ricardo César, de São Paulo, pela equipe Sonervig, com um Maverick.