segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

BARI GRAND PRIX

Os melhores pilotos da Fórmula 1 da época alinham-se para a partida do Grand Prix de Bari de 1951. Na primeira fila, entre dois Talbot 4500, a Maserati 8 CLT do brasileiro Chico Landi.



1947 / 1956 - O Grand Prix de Bari foi uma competição internacional realizada de 1947 a 1956, exceto em 1953, em Bari na Itália. Representou uma das primeiras tentativas italianas de relançamento do esporte automobilístico em nível internacional, após a Segunda Guerra Mundial.

O percurso, inicialmente de 5.340 Km, passou a 5.500 Km em 1951. O primeiro Grand Prix de Bari reuniu monopostos de Fórmula 1 de até 4.500cc ou 1.500cc com compressor, e marcou a estréia do brasileiro Francisco "Chico" Landi na Europa. Os três primeiros lugares ficaram com italianos: Achille Varzi, seguido de Consalvo Sanesi, ambos com Alfa-Romeo 158 com compressor e Renato Balestero numa velha Alfa Romeo 2300M.

Na segunda prova em 1948, reservada à Fórmula 2, a disputa pela vitória envolveu Chico Landi com Ferrari 166, Felice Bonetto e Piero Taruffi com Cisitalia. Taruffi retirou-se na metade da prova, depois de um acidente. Bonetto conquistou o segundo lugar, acompanhando de perto o vitorioso Chico Landi.

Em 1949 a competição de Fórmula 2 foi vencida por Alberto Ascari, com uma Ferrari 166.

O quarto Grand Prix de Bari admitiu também a participação de monopostos de Fórmula 1. A Ferrari, sem tempo para preparar novos carros, apresentou o Fórmula 2 modelo 1949 com poucas possibilidades de sucesso. E predominaram do início ao fim da corrida as Alfa Romeo 158 de Giuseppe Farina e Juan Manuel Fangio.

Os carros de Fórmula 1 continuaram em cena em 1951. Alberto Ascari com sua Ferrari, fez a volta mais veloz do circuito, com média horária de 141,446 Km/h, mas um incêndio no carro obrigou-o a deixar a prova. O argentino José Froilan Gonzalez, com uma Ferrari em perfeitas condições mecânicas, seguia de perto o primeiro colocado, Fangio, que na última parte da corrida podia utilizar somente a quarta marcha. Inexplicavelmente, Gonzalez parou nos boxes para reabastecimento preventivo, deixando Fangio vencer tranquilamente.

Devido ao predomínio das Ferraris nas competições do ano anterior, os organizadores do Grand Prix de Bari de 1952 decidiram realizar três corridas reservadas aos carros da categoria esporte, separados por cilindrada. A programação denominou-se "Gran Criterium Sport".

O brasileiro Chico Landi chegou a Bari sem carro. Para participar da corrida reservada aos veículos tipo esporte com mais de 2000 cc, tomou emprestada da Escuderia Cotrone, uma Ferrari 2300 e com ela venceu as novíssimas Ferrari de 2715 cc do americano Tom Cole e do italiano Eugenio Castellotti, que terminaram em segundo e terceiro, respectivamente.

Depois da interrupção de 1953, o Grand Prix de Bari voltou a realizar-se no ano seguinte, somente com monopostos de Fórmula 1. O argentino Froilan Gonzalez venceu a prova com uma Ferrari. No mesmo dia, em seguida ao Grande Prêmio, houve uma prova de 6 Horas, subdividida em duas de três horas: a primeira para carros de Grã-Turismo, vencida por Elio Zagato com um Fiat V8, a segunda, para carros esporte, na qual prevaleceu a Ferrari de Clemente Biondetti.

Em 1955, admitiram-se carros esporte com até 3000 cc, e a partida foi do tipo Le Mans. As vencedoras foram as novas Maserati de seis cilindros de 3000 cc de Jean Behra e Luigi Musso.

No último Grande Prêmio de Bari, em 1956, com a ausência das Ferrari, as Maserati ganharam a corrida com Stirling Moss, Jean Behra e Cesare Perdisa nos três primeiros lugares. Antes dessa competição, realizou-se uma prova para carros esporte até 2000 cc, vencida pela Maserati de Jean Behra, com a finalidade de classificar cinco competidores para o Grand Prix realizado logo depois. O Grande Prêmio de Bari não se realizou desde 1957, pois o grande desenvolvimento da cidade tornou muito perigoso o circuito.