sexta-feira, 30 de junho de 2017

KEKO PATI: EQUIPE FANTASMA NA FORMULA 3

Bernie Ecclestone avalizou a compra do RALT RT-1


1977 - Quando surgiu a oportunidade de ser patrocinado pelo Automóvel Clube Paulista, Mario "Keko" Pati viu ali a chance de concretizar o velho sonho de correr na Europa.

Depois de tentar um acordo com a MARCH, que esbarrou no alto preço pedido pela fábrica, Keko estava quase desistindo quando apareceu a alternativa: Sandro Angellieri, ex-diretor de vendas da MARCH, estava montando uma equipe.

Keko assinou um contrato, que estipulava 25 corridas e 18 treinos, "um mini-team de Fórmula 1", lembra Keko.

Quando chegou à Inglaterra, no entanto, Keko encontrou apenas pedreiros, eletricistas e encanadores no lugar onde deveria estar a "equipe".

Sua primeira corrida seria dia 25 de março, e só nesse dia é que ele conheceu seu carro. De março até junho, só fez quatro treinos e doze corridas com um carro sem condições, motores de 1975 e pneus velhos.

Tudo acabou antes de Mônaco, quando Sandro Angellieri, depois de ser preso por tráfico de tóxicos, foi solto sob fiança e desapareceu.

Ajudado por Bernie Ecclestone, dono da Brabham, que também avalizou a compra de um RALT RT-1, e por alguns jornalistas ingleses. Keko conseguiu receber em peças uma parte do que tinha investido na falida equipe de Sandro Angellieri.

Em sua nova equipe (onde até seu carro de passeio foi sacrificado, trocado por 32 pneus de corrida), os resultados começaram a aparecer, com um segundo lugar em Donnington e um nono em Caldwell Park, apesar de problemas na bomba de gasolina.