Bottas terminou 2017 com o "lema" da campanha da fraternidade: "Lealdade, honestidade e confiança", e começa 2019 com um FUCK !
Esses dois extremos pontuam a carreira do piloto finlandês. Resta saber qual Bottas teremos nessa temporada: o "velho" ou o "novo".
Apesar da vitória acachapante em Melbourne, eu ainda fico com o pé atrás em relação a ele.
Esses dois extremos pontuam a carreira do piloto finlandês. Resta saber qual Bottas teremos nessa temporada: o "velho" ou o "novo".
Apesar da vitória acachapante em Melbourne, eu ainda fico com o pé atrás em relação a ele.
Por dois anos tentei entender a cabeça desse cara, mas até hoje não cheguei a uma conclusão.
O que mais me irrita, é o fato que sempre o vi como um excelente piloto.
Foi triste assistir a sua trajetória descendente até chegar ao ponto de terminar na sarjeta sendo chutado por todos.
Ninguém vira um "bom" piloto de uma hora para outra. Ou você é "bom" ou "não é". Simples assim.
Por exemplo, um Marcus Ericsson, nunca vai dar uma surra em Lewis Hamilton como o Bottas fez no domingo, porque Hamilton tem talento e Ericsson não.
Não existe esse negócio do Ericsson "ter o seu dia de Hamilton". Isso é bobagem.
O que pode acontecer é o contrário: o Hamilton ter o seu dia de Ericsson. Como aconteceu, por exemplo, com o Senna em Monaco 88, quando teve o seu "dia de Nakajima".
O maior erro do Bottas na sua chegada ao time Mercedes, foi não ter "estudado" o seu adversário.
Me refiro a Lewis Hamilton.
Porque todo automobilista sabe que o seu principal adversário é o seu companheiro de time. É com ele que você vai ser comparado porque ambos tem o mesmo equipamento. Claro que quando se trata de título, o time tem as suas preferências.
Mas nada impede de você (tentar) virar o jogo.
Nos anos 70, por exemplo, a diferença entre o 1º e 2º piloto era maior, pelo simples fato de que os dois carros, na maioria das vezes, não eram iguais. Nos times de ponta, até que havia um equilíbrio, mas no resto do pelotão a coisa era diferente.
Tinha 2º piloto que corria com "chassis do ano passado", motor com 10 corridas sem revisão, amortecedor recondicionado e pneu recauchutado. Um horror!
Coisa que não acontece hoje em dia. Os dois carros são rigorosamente iguais. Não só em time de ponta, mas também nos piores do grid. Claro que pode haver alguma diferença, tipo uma asa nova, que não ficou pronta, então um só carro tem. Mas na corrida seguinte os dois carros já terão essa nova asa. Os motores também são iguais. Não existe há possibilidade de no carro principal ter um motor "zero" e no segundo carro, por falta de verba, usarem um motor "velho". Isso hoje em dia não acontece.
Mas, voltando ao Bottas, o seu erro foi não se preparar para a batalha.
Não só no automobilismo; como no xadrez, no tenis, no boxe...você precisa "estudar" o seu oponente para descobrir o ponto fraco e com isso levar vantagem na hora do combate.
No caso do Bottas, parece que ele não fez isso.
Como já foi comentado aqui no blog, na sessão 'No divã do Gikovate', o Lewis Hamilton tem um "probleminha" de desvio de personalidade: ele desconfia da própria sombra.
Imagino que deva ser difícil para ele conviver com isso, já que o automobilismo é um esporte coletivo. Na F1 moderna, em uma equipe, são mais de 500 pessoas envolvidas para colocar o carro na pista, então imagine você desconfiar desses "quinhentos".
Ganhar tudo que ele ganhou, mesmo com esse "problema", é espantoso.
Se o Bottas tivesse estudado o Hamilton teria percebido isso antes mesmo de sentar no carro. Explorando esse ponto fraco, talvez ele conquistasse o título em 2017.
Em 2017, o Hamilton estava com a "pulga atrás da orelha" em relação a Mercedes. A sua "paranoia" era tão grande que ele desconfiava até da retirada do Rosberg. Na cabeça dele, aquilo era algum "plano maquiavélico" para prejudicá-lo. Todos nós vimos a série de problemas que ele arrumou à época , apesar de ter a melhor equipe só para ele. Não vou ficar explicando aqui "tim-tim por tim-tim" do que aconteceu, mas os problemas foram muitos (sabotagem do motor, esconder telemetria..etc) até a tal "conversinha na cozinha".
Se Bottas fosse esperto, teria "jogado areia" nessa ferida. Mas ...
Quando você vai disputar uma final da "Champs" jogando contra um CR7 ou um Messi, sua probabilidade de sucesso é pequena, porque os caras são craques. Então você precisa explorar os pontos fracos do adversário para ter alguma chance de vitória.
Por exemplo: o Messi voltando de uma contusão no calcanhar. Sabendo disso, o que você tem que fazer é "castigar" o calcanhar dele o jogo inteiro. Explorar esse "ponto fraco", porque se você deixa ele jogar, ele acaba com o jogo.
Querem outro exemplo: Zidane e a cabeçada. O italiano foi experto e atacou no ponto fraco do francês, falou "da irmã"! Itália campeã...
No caso do Bottas, ele fez o inverso.
Não explorou esse "ponto fraco" do Hamilton (desconfiança), e fez o contrário, deixou o inglês "tranquilo" com aquele "papo" de lealdade, honestidade, confiança... Lema de campanha da fraternidade. Sacaram só, o erro dele.
Em vez de deixar o Hamilton "desestabilizado", ele ajudou a colocá-lo numa "zona de conforto", com essa atitude. Resultado, ele ganhou 2 mundiais.
Vamos ter que esperar para ver qual será a atitude do Bottas esse ano.
A única chance dele ter sucesso, é tirando o Hamilton da "zona de conforto".
Começou bem, dando uma paulada que deixou o Lewis atordoado. Agora precisa continuar batendo para não deixá-lo se levantar.
A corrida "da vida" dele, tem que ser a próxima. Não pode deixar o Lewis ganhar senão o jogo pode virar.
No sábado à noite, aposto que "toda a equipe" Mercedes foi dormir achando que o Hamilton já tinha faturado 26 pontos. Só que ninguém esperava, no domingo, um Bottas "fuck you". Foi um choque geral.
Correram para justificar a derrota culpando um "pedacinho" quebrado. Papo furado.
Esse "pedacinho" deve ter quebrado antes da largada porque o Bottas chegou na primeira curva três carros na frente do Lewis !
Agora é hora do Bottas explorar o "ponto fraco" do inglês, "alimentar" essa paranoia, usando a imprensa para isso.
Não é preciso cuspir da cara, dar tapa na orelha, falar palavrão...nada disso. Tem que usar a cabeça.
Já depois da prova, nas entrevistas, deveria ter dito o seguinte:
"Esse ano vou ser campeão. Assim como o Rosberg foi depois de perder 2 vezes para o Lewis, esse ano é minha vez de ganhar".
Aposto que uma declaração dessa já colocaria "minhoca" na cabeça do Hamilton.
Ele já iria começar a achar que a Mercedes está organizando um "complô" para fazer o Bottas campeão, assim como fez em 2016 com o Rosberg. Aquela "troca de pneu" antecipada foi para "favorecer" o Bottas ... Em 2016 sabotaram meu motor e esse ano ...PARANOIA !!!!!
É isso, que no meu entender, o Bottas precisa fazer esse ano. Bater nessa "ferida" do Hamilton sem dó. Chamar o inglês para a briga...
E com isso fomentar desconfiança tirando o Hamilton da "zona de conforto".
Me refiro a Lewis Hamilton.
Porque todo automobilista sabe que o seu principal adversário é o seu companheiro de time. É com ele que você vai ser comparado porque ambos tem o mesmo equipamento. Claro que quando se trata de título, o time tem as suas preferências.
Mas nada impede de você (tentar) virar o jogo.
Nos anos 70, por exemplo, a diferença entre o 1º e 2º piloto era maior, pelo simples fato de que os dois carros, na maioria das vezes, não eram iguais. Nos times de ponta, até que havia um equilíbrio, mas no resto do pelotão a coisa era diferente.
Tinha 2º piloto que corria com "chassis do ano passado", motor com 10 corridas sem revisão, amortecedor recondicionado e pneu recauchutado. Um horror!
Coisa que não acontece hoje em dia. Os dois carros são rigorosamente iguais. Não só em time de ponta, mas também nos piores do grid. Claro que pode haver alguma diferença, tipo uma asa nova, que não ficou pronta, então um só carro tem. Mas na corrida seguinte os dois carros já terão essa nova asa. Os motores também são iguais. Não existe há possibilidade de no carro principal ter um motor "zero" e no segundo carro, por falta de verba, usarem um motor "velho". Isso hoje em dia não acontece.
Mas, voltando ao Bottas, o seu erro foi não se preparar para a batalha.
Não só no automobilismo; como no xadrez, no tenis, no boxe...você precisa "estudar" o seu oponente para descobrir o ponto fraco e com isso levar vantagem na hora do combate.
No caso do Bottas, parece que ele não fez isso.
Como já foi comentado aqui no blog, na sessão 'No divã do Gikovate', o Lewis Hamilton tem um "probleminha" de desvio de personalidade: ele desconfia da própria sombra.
Imagino que deva ser difícil para ele conviver com isso, já que o automobilismo é um esporte coletivo. Na F1 moderna, em uma equipe, são mais de 500 pessoas envolvidas para colocar o carro na pista, então imagine você desconfiar desses "quinhentos".
Ganhar tudo que ele ganhou, mesmo com esse "problema", é espantoso.
Se o Bottas tivesse estudado o Hamilton teria percebido isso antes mesmo de sentar no carro. Explorando esse ponto fraco, talvez ele conquistasse o título em 2017.
Em 2017, o Hamilton estava com a "pulga atrás da orelha" em relação a Mercedes. A sua "paranoia" era tão grande que ele desconfiava até da retirada do Rosberg. Na cabeça dele, aquilo era algum "plano maquiavélico" para prejudicá-lo. Todos nós vimos a série de problemas que ele arrumou à época , apesar de ter a melhor equipe só para ele. Não vou ficar explicando aqui "tim-tim por tim-tim" do que aconteceu, mas os problemas foram muitos (sabotagem do motor, esconder telemetria..etc) até a tal "conversinha na cozinha".
Se Bottas fosse esperto, teria "jogado areia" nessa ferida. Mas ...
Quando você vai disputar uma final da "Champs" jogando contra um CR7 ou um Messi, sua probabilidade de sucesso é pequena, porque os caras são craques. Então você precisa explorar os pontos fracos do adversário para ter alguma chance de vitória.
Por exemplo: o Messi voltando de uma contusão no calcanhar. Sabendo disso, o que você tem que fazer é "castigar" o calcanhar dele o jogo inteiro. Explorar esse "ponto fraco", porque se você deixa ele jogar, ele acaba com o jogo.
Querem outro exemplo: Zidane e a cabeçada. O italiano foi experto e atacou no ponto fraco do francês, falou "da irmã"! Itália campeã...
No caso do Bottas, ele fez o inverso.
Não explorou esse "ponto fraco" do Hamilton (desconfiança), e fez o contrário, deixou o inglês "tranquilo" com aquele "papo" de lealdade, honestidade, confiança... Lema de campanha da fraternidade. Sacaram só, o erro dele.
Em vez de deixar o Hamilton "desestabilizado", ele ajudou a colocá-lo numa "zona de conforto", com essa atitude. Resultado, ele ganhou 2 mundiais.
Vamos ter que esperar para ver qual será a atitude do Bottas esse ano.
A única chance dele ter sucesso, é tirando o Hamilton da "zona de conforto".
Começou bem, dando uma paulada que deixou o Lewis atordoado. Agora precisa continuar batendo para não deixá-lo se levantar.
A corrida "da vida" dele, tem que ser a próxima. Não pode deixar o Lewis ganhar senão o jogo pode virar.
No sábado à noite, aposto que "toda a equipe" Mercedes foi dormir achando que o Hamilton já tinha faturado 26 pontos. Só que ninguém esperava, no domingo, um Bottas "fuck you". Foi um choque geral.
Correram para justificar a derrota culpando um "pedacinho" quebrado. Papo furado.
Esse "pedacinho" deve ter quebrado antes da largada porque o Bottas chegou na primeira curva três carros na frente do Lewis !
Agora é hora do Bottas explorar o "ponto fraco" do inglês, "alimentar" essa paranoia, usando a imprensa para isso.
Não é preciso cuspir da cara, dar tapa na orelha, falar palavrão...nada disso. Tem que usar a cabeça.
Já depois da prova, nas entrevistas, deveria ter dito o seguinte:
"Esse ano vou ser campeão. Assim como o Rosberg foi depois de perder 2 vezes para o Lewis, esse ano é minha vez de ganhar".
Aposto que uma declaração dessa já colocaria "minhoca" na cabeça do Hamilton.
Ele já iria começar a achar que a Mercedes está organizando um "complô" para fazer o Bottas campeão, assim como fez em 2016 com o Rosberg. Aquela "troca de pneu" antecipada foi para "favorecer" o Bottas ... Em 2016 sabotaram meu motor e esse ano ...PARANOIA !!!!!
É isso, que no meu entender, o Bottas precisa fazer esse ano. Bater nessa "ferida" do Hamilton sem dó. Chamar o inglês para a briga...
E com isso fomentar desconfiança tirando o Hamilton da "zona de conforto".
