Logo na primeira semana de 1965, os Stones fazem uma rápida turnê por cidades irlandesas, onde acontecem, mais uma vez, as tradicionais desordens e os problemas com a polícia. Seguem depois para os Estados Unidos onde gravam no famoso Chess Studios algumas faixas a serem incluídas em seu próximo disco.
O segundo álbum, chamado simplesmente "Rolling Stones Nº2", sai em fins de janeiro, após algumas apresentações na Austrália.
O disco em si é uma continuação natural do primeiro, em toda sua concepção, tanto pela capa como pelo seu conteúdo.
Na capa, nada que identificasse os Stones, só uma foto de David Bailey, que conhecia Jagger: “Ele era apenas um cara que conheci porque estava saindo com a irmã da minha namorada, Chrissie Shrimpton.” lembrou Bailey...
Na contracapa, o produtor Andrew Loog Oldham, que tinha apenas 20 anos escreveu as notas, coisa corriqueira nos disco da época (que eu adorava ler enquanto ouvia as músicas), só que ele fez uma piada imprudente sobre "fãs assaltando cegos na rua em troca de dinheiro para comprar o disco".
O secretário da Bournemouth Blind Aid Association reclamou e Lord Conesford pediu ao Diretor do Ministério Público para decidir se a capa do álbum constituía “um incitamento deliberado à ação criminal”. Alguns discos saíram com um papel colado e depois o texto foi modificado, e o assunto terminou aí.
As músicas também não traziam nenhuma mudança radical de linha: recriações de Muddy Waters "I can't be satisfied", de Chuck Berry "You can't catch me", de Solomon Burke "Everybody needs somebody to love" e outras.