domingo, 21 de dezembro de 2025

BOA TARDE ... J. EDGAR film by Clint Eastwood !

 


Ontem assisti em cópia Blu-ray "J Edgar" (2011) ...

Uma cinebiografia de um dos personagens mais polêmicos do século XX, J Edgar Hoover, o todo poderoso do FBI.

Com direção sólida de Clint Eastwood (melhor diretor que ator, na minha opinião) e uma atuação apenas razoável do DiCaprio.

Para começar o primeiro problema do filme foi com a escolha de DiCaprio para o papel de Hoover (como acontecera em O Aviador de Scorsese) ... Hoover era um homem feio e sem graça, muito diferente do "cara de bebê" e boa pinta do Leo ...

O segundo defeito, é que o filme é contado em flashbacks na maior parte do tempo... o que as vezes confunde o espectador (o filme vai e volta, entre 1919 e 1972 ano da sua morte), também fica difícil perceber a sutil transformação física do DiCaprio.

Mesmo para quem conhece um pouco do personagem, devido a narrativa confusa, as vezes o filme fica difícil de acompanhar.... fragmentada, tem momentos em que vc não sabe se ele está falando do Kennedy, Roosevelt ou de Martin Luther King ...

O filme aborda momentos da carreira de Hoover no FBI: anos 20 quando ele começa como bibliotecário e "cria" o Bureau, o sequestro do bebê Lindbergh e sua relação conturbada com os Kennedys (Bobby, procurador-geral na época)

O ponto mais polêmico é a sexualidade de Hoover, muitos afirmam que ele era gay (boatos não confirmados). No making off do Blu-ray, o diretor diz que a intenção é deixar o público decidir...

Minha opinião depois de assistir o filme, é que ele tinha "tendências reprimidas", mas não era gay. O fato de ele morar com seu Diretor Adjunto  Clyde Tolson (homossexual) não significa que ele mantinha relação carnal com Tolson (era mais uma relação de amizade e confiança)

O filme retrata um Hoover arrogante (se achava uma celebridade), egocêntrico (mamãe falou que ele seria o homem mais importante do mundo), paranoico (medo da ameaça vermelha), inseguro (só confiava na secretária e em Tolson) uma mente  brilhante que revolucionou a investigação policial (provas científicas), e também um escroque que usou sua posição (grampos) para chantagear presidentes e continuar no poder ...

Judi Dench (sempre ótima, é a mãe) e Naomi Watts (boa atuação, apesar de pequena) como a secretária e confidente (foi leal durante toda a vida e depois da morte de Hoover, destruiu o "arquivos secretos" antes que Nixon colocasse as mãos neles)

Um bom retrato do poderoso chefe do FBI feito pelo competente diretor Clint Eastwood. Em nenhum momento dos 137 minutos o filme se torna chato.