segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

CAMPEONATO PAULISTA DIVISÃO 1



Rômulo Gama 

1975 - Preliminar da rodada inicial dos Campeonatos Brasileiros de Fórmula-Ford e Divisão 3. A prova de Divisão 1 até 1600 cc, válida pelo Campeonato Paulista, foi uma das que mais entusiasmou o pequeno público que compareceu ao Autódromo de Interlagos no domingo 2 de março.

A vitória ficou para o excelente piloto Francisco Artigas, com o Passat da equipe Roque & Seabra, depois de uma luta muito equilibrada entre seis dos dezenove concorrentes. Vicente Correa, com Super Fuscão (Corrêa Pintot), Otto Carvalhaes, com Passat (Cacic), Rômulo Gama, com Passat (Samed) e Chico Artigas, com Passat (Roque & Seabra) revezaram-se na primeira posição desde a largada.

Na penúltima das 12 voltas, Artigas assumiu a liderança, para vencer a prova em 50m,04/07s à média de 114,450 quilômetros por hora. Luis Otávio Pasternostro, com Passat da Geral de Seguros, também ficou muito tempo em segundo lugar, mas foi obrigado a diminuir o ritmo porque os pneus dianteiros aqueceram muito e o carro perdeu aderência.

Chico Artigas o vencedor, afirmou que a Divisão 1 regrediu em relação ao ano passado por duas razões principais: a proibição de pneus carecas e a obrigatoriedade do uso de um filtro purificador de ar. No ano passado, os pneus eram gastos especialmente para as corridas, sem comprometer a segurança, porque a camada de borracha ainda era espessa quando os pneus começavam a perder o desenho.




Agora, é obrigatório o uso de pneus com um mínimo de 3,5 milímetros de sulco, o que não permite bons tempos. Além disso, o filtro de ar, que é colocado no motor, amarra o carro na velocidade final, segundo a explicação dos pilotos, que reclamam também do extintor de cinco litros que eles são obrigados a usar dentro do carro: "Os nossos carros correm com 15 litros de gasolina no tanque, e não há necessidade de um extintor tão grande e pesado, que pode até prejudicar a nossa segurança no caso de uma batida, porque nem há como fixá-lo bem dentro do carro".

Com essas pequenas modificações no regulamento, os carros começaram a temporada de 1975, com pelo menos cinco segundos a mais nos tempos obtidos em Interlagos. Vicente Correa, que liderou as primeiras voltas da prova, com o Super Fuscão da equipe Corrêa Pintot, foi desclassificado pela vistoria técnica, atendendo às reclamações de quase todos os pilotos. Segundo Bruno Brunetti, comissário técnico, o carro correu com pistões forjados. Além desse, foram abertos os motores dos três primeiros colocados, mas não foi encontrada qualquer irregularidade.