1980 - De repente, O Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 está ameaçado de não acontecer, por veto exclusivo de Jody Scheckter, atual presidente da Associação dos pilotos de Grand Prix.
O motivo alegado por Scheckter é que o circuito de Interlagos ficou muito veloz e perigoso para os "wing cars", que nas curvas 1 e 2 deverão atingir cerca de 285 Km/h e chegando a mais de 300 na Curva 3. A principal exigência de Scheckter já levada ao conhecimento de Bernie Ecclestone, presidente da Associação dos Construtores é tornar esses trechos mais lentos com a mudança do traçado.
O grande problema, porém, é que redesenhar a pista nas curvas 1,2 e 3 custaria cerca de cinco milhões de cruzeiros, uma importância que o prefeito de São Paulo já declarou não ter condições de liberar.
Chico Rosa, administrador de Interlagos, depois de várias reuniões com Emerson Fittipaldi, acha que a solução seria mudar o tangenciamento destas curvas com uma divisão de cones de borracha, a exemplo do que foi feito na curva Woodcote, no circuito de Silverstone.
Emerson deverá levar esse plano à Europa, na próxima semana, submetendo-o à Associação dos Pilotos. Se não for aprovado, não há possibilidade de se realizar o GP do Brasil, pelo menos em Interlagos. Quanto ao patrocinador, Chiquinho Rosa não vê problemas para a realização da corrida.
"Ainda não está certo, mas na hora aparece".