sábado, 23 de maio de 2015

SILVERSTONE



1981 - A primeira coisa que fiquei sabendo em Silverstone no dia da corrida (para fugir do trânsito eu consegui uma moto Honda em Northampton e cheguei rapidinho ao autódromo) foi que o Roberto tinha ganho a corrida para Fórmula 3. Para mim não é surpresa o seu talento, e tenho certeza que no ano que vem ele estará na Fórmula 1, mesmo que não ganhe o campeonato da F3.

Em Silverstone foi tudo muito rápido. Quando estava me aproximando da curva Becketts o pneu dianteiro esquerdo estourou, o carro deu uma violenta balançada e bateu duro no guard-rail.

Aquela curva é muito perigosa. Por isso procurei sair do carro depressa, mas não consegui apoiar a perna esquerda para poder pular por causa da dor no joelho. Um fiscal me socorreu e fui levado ao ambulatório, e a radiografia nada acusou.

O joelho continuava doendo, e tudo o que eu queria era sair rapidamente de Silverstone. Fui ao aeroporto de Gattwick de helicóptero, e lá peguei um avião para Monte Carlo, onde estou morando. Minha pressa se explica, também, por outra razão: Silverstone vira um verdadeiro inferno em dia de Fórmula 1. Mesmo quem está de avião tem que esperar um bom tempo para decolar. E quem vai até lá de carro perde no mínimo quatro horas para sair.