1981 - O assunto mais comentado em Silverstone: a BMW estaria construindo um chassi para participar do Mundial de Pilotos de Formula 1 do próximo ano, e Nelson Piquet seria o piloto.
A verdade é que o aparato levado ao circuito inglês pelos alemães, que eram chefiados pelo conhecido engenheiro de motores da fábrica de Munique, Paul Rouche, era impressionante. Uma caixa eletrônica interpretava todas as reações do motor turbo quando o Brabham de Piquet rodava na pista.
As informações eram transmitidas dos computadores por uma antena instalada no capô do motor do Brabham. Isso significa que o empenho dos alemães é muito grande e que tudo deve ser analisado para o futuro desse motor na Fórmula 1. Tentando repetir a mesma confiabilidade comprovada na Fórmula 2, o motor BMW turbo só deverá aparecer oficialmente na última prova da fase européia, o Grande Premio da Itália, como disse Dieter Stappert, um dos diretores da BMW.
Outros dois detalhes que levam a crer que Piquet pode ser contratado pela BMW: Ralph Bellamy, conhecido do público brasileiro por ter projetado o Copersucar F6, foi visto constantemente com Paul Roche, utilizando um blusão da fábrica alemã. Nelson Piquet foi surpreendido em seu boxe conversando com Domingos Piedade, jornalista português muito ligado aos alemães, quando afirmou que ainda não havia renovado seu contrato com a Brabham mas que não estava preocupado, pois tinha um contrato para 82 com a BMW para pilotar carros BMW M1 no Mundial de Marcas.
Na realidade, caso a BMW resolva ter sua própria equipe na Fórmula 1, o mais indicado é contratar o piloto que está desenvolvendo os motores, Nelson Piquet.
