O sueco Ronnie Peterson que junto com o belga Jacky Ickx formavam o time de pilotos da equipe Lotus , apresentou o revolucionário Lotus 74 no Teatro Drury Lane em Londres. O projeto de Raph Bellamy tinha muita semelhança com o vitorioso Lotus 72, com o bico em forma de "formão", freios internos e radiador lateral. O novo monocoque que era feito de alumínio, conseguiu reduzir o peso em 45 quilos. O monocoque se estendia na frente até a área dos pedais e carrega a suspensão frontal, ao contrario do Lotus 72, que tinha uma submoldura tubular. Na parte de trás o arranjo básico era o mesmo, a não ser pelo fato de que a configuração total foi "virada de cabeça para baixo" segundo Peter Warr, chefe dos mecânicos da equipe Lotus.
O Layout lateral do radiador, pela primeira vez utilizado no modelo 72, também continuava no 74, apesar deles estarem localizados um pouco mais atrás e num determinado ângulo como no Lotus 74 de Formula 2.
Lotus 74
Quando o Lotus 74 foi apresentado pelo "mago da Formula 1" Colin Chapman, o que mais chamou a atenção, foi o sistema de embreagem automática como alternativa ao sistema hidráulico normal. Este sistema de embreagem era acionado eletricamente por meio de um botão de pressão na alavanca de câmbio, o qual podia ser usado durante a corrida no lugar do pedal de embreagem. Para surpresa de todos, Chapman disse que já tinha testado o sistema, um ano antes, em um Lotus de Formula 2.
O carro era equipado com um sistema de embreagem normal para começar a corrida, e a qualquer momento, o piloto podia usar o sistema automático. O que significava que ele podia ficar sob o controle de "dois pedais", havendo dois pedais de freios. Assim o piloto podia frear com o pé direito (tradicional) ou, numa curva rápida, usar o pé esquerdo no outro pedal de freio, e o direito no acelerador, para deixar o carro em alta velocidade. Ronnie Peterson que tinha testado o carro, confirmou que o sistema de freio com o pé esquerdo é muito mais satisfatório nas curvas rápidas, pois há menos possibilidades de que o carro saia do equilíbrio como quando o piloto tira o pé do acelerador, aperta os freios e volta ao acelerador novamente.
Apertando o botão da alavanca de câmbio, um impulso elétrico ativa um solenóide que por sua vez funciona numa bomba no fim do cilindro hidráulico. Quando o arranque não esta sendo usado, o pino do motor de arranque se movimenta na direção contrária, tempo suficiente para encher o cilindro hidráulico.
O sistema covencional de embreagem foi mantido, pois durante vários testes realizados na temporada anterior, Emerson Fittipaldi já havia constatado que o "botão elétrico" não tinha sensibilidade suficiente para dar arranques satisfatórios.
O carro tinha três tanques de combustível (revestidos de borracha) com uma capacidade total de 40 galões, localizados em cavidades recobertas de fibra de vidro dentro do monocoque. A tomada de ar e as laterais do "castelo" impulsionavam o ar em direção ao duplo aerofólio traseiro, que segundo Chapman davam mais equilíbrio ao carro.
Motor: ...V8 Ford Cosworth DFV
Câmbio: ...Hewland FG 400
Embreagem: ...Borg & Beck bi disco de 18,4 cm
Comando Eletrico dell' Automobile Products
Freios: ...Lockeed
Comprimento Máximo: ...457,2 cm
Largura Máxima:... 208,3 cm
Altura ...109,2 cm