Lançado na inauguração de Brasília, ele foi um dos símbolos da década
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Nos anos 60, ele dominava soberano, as ruas e estradas brasileiras. Foi objeto de desejo dos que cobiçavam um carro de luxo com linhas modernas, motor possante e que não quebrasse.
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Fabricado sob licença da Alfa Romeo pela FNM (a estatal Fábrica Nacional de Motores, produtora dos robustos caminhões "Fenemê", reconhecidos nas ruas pelo aspecto agressivo e a curiosa buzina), o JK foi um pioneiro ao trazer para cá muito do que havia de mais avançado na tecnologia automobilística mundial, como o câmbio de 5 marchas e embreagem de acionamento hidráulico, duplo comando de válvulas, cabeçote de alumínio, pneus radiais, freios hidráulicos a tambor de alumínio com aletas de ventilação para melhor dissipação do calor, conta-giros no painel e hodômetro parcial. O pneu original era um 2 lonas na medida 175 x 400, quase aro 16, chamado de cinturaço, que hoje em dia não é mais fabricado em nenhum lugar do mundo. Tinha uma excentricidade pouco apreciada, o espelho retrovisor interno ficava em cima do painel e não na linha superior do pára-brisas. Este tipo de retrovisor foi deixado de lado, mas junto com ele foi-se o charme do painel vistoso e do grande volante típico da época. Outro detalhe que não se viu mais foi o acionamento do flash do farol alto por meio de um botão no centro do volante.
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Seu lançamento aconteceu junto com a inauguração da moderna capital do país, Brasília, no dia 21 de abril de 1960. Nova capital, novo carro, tudo para representar a modernização por que passava o país.
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O Alfa 2000 como era conhecido na Itália, ganhou a sigla JK em homenagem ao presidente Juscelino Kubitschek, que, além de tocar a construção de Brasília, impulsionava a instalação da indústria automotiva. O Brasil tinha pressa e Juscelino tinha um plano para fazer em 5 anos o que normalmente seria feito em 50.
O Alfa 2000 como era conhecido na Itália, ganhou a sigla JK em homenagem ao presidente Juscelino Kubitschek, que, além de tocar a construção de Brasília, impulsionava a instalação da indústria automotiva. O Brasil tinha pressa e Juscelino tinha um plano para fazer em 5 anos o que normalmente seria feito em 50.
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No logotipo, ao lado da sigla JK, estava o desenho estilizado das colunas do Palácio da Alvorada, um símbolo de Brasília que, bem mais tarde, reapareceria no Uno Mille. Mais tarde, contudo, o JK perdeu o nome e o símbolo. Os militares que tomaram o poder em 1964 cassaram os direitos políticos de várias personalidades, entre elas o ex-presidente Juscelino Kubitschek e o carro acabou sendo também prudentemente "cassado", a estatal passou a chamar seu modelo de FNM 2000. Ainda assim , de boca em boca, foi a sigla "JK" que continuou a identificar o automóvel.
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Os primeiros JK de 1960, foram importados da Itália e montados aqui, nas instalações da FNM em Duque de Caxias, às margens da rodovia Rio-Petrópolis. Logo começou a nacionalização, primeiro com as lentes da lanterna, o aro da buzina, as rodas e os pneus. Mais tarde, foi a vez do bloco do motor, dos pistões e das bielas. Certas partes do carro, como câmbio, rolamentos e painel, sempre foram importadas.
Os primeiros JK de 1960, foram importados da Itália e montados aqui, nas instalações da FNM em Duque de Caxias, às margens da rodovia Rio-Petrópolis. Logo começou a nacionalização, primeiro com as lentes da lanterna, o aro da buzina, as rodas e os pneus. Mais tarde, foi a vez do bloco do motor, dos pistões e das bielas. Certas partes do carro, como câmbio, rolamentos e painel, sempre foram importadas.
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O JK logo se impôs como carro de luxo e confortável para levar até 6 pessoas, como era comum na época, tinha banco dianteiro interiço em couro, com encosto regulável. A alavanca de câmbio ficava junto ao volante e o freio de mão ao lado da coluna de direção. O carro apresentava um completo sistema de ventilação interna com desembaçador. Seus 95 cavalos de potência, num motor de 1.975 cilindradas, garantiam a velocidade de 155 Km/h, elevada naqueles tempos. Do motor italiano para o nosso houve só uma mudança no motor: a menor octanagem da gasolina brasileira impôs uma baixa na taxa de compressão de 8,25:1 para 7:1.
O JK logo se impôs como carro de luxo e confortável para levar até 6 pessoas, como era comum na época, tinha banco dianteiro interiço em couro, com encosto regulável. A alavanca de câmbio ficava junto ao volante e o freio de mão ao lado da coluna de direção. O carro apresentava um completo sistema de ventilação interna com desembaçador. Seus 95 cavalos de potência, num motor de 1.975 cilindradas, garantiam a velocidade de 155 Km/h, elevada naqueles tempos. Do motor italiano para o nosso houve só uma mudança no motor: a menor octanagem da gasolina brasileira impôs uma baixa na taxa de compressão de 8,25:1 para 7:1.
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Nos primeiros anos de Brasil, o JK era imbatível em estabilidade, firmava-se como um automóvel resistente e que atingia altas velocidades com segurança. O JK era o automóvel mais caro produzido no Brasil. Em 1962 no auge da popularidade, custava Cr$ 2,365 milhões de cruzeiros. Logo a seguir vinha o luxuoso Simca Presidente por Cr$ 1,870 milhões de cruzeiros. O Fusca, o mais barato, custava Cr$ 892 mil cruzeiros, um preço longe de ser popular.
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Caro e raro, já que era difícil comprar um. A produção de 500 unidades por ano, era absorvida quase toda pela elite política, que reservava a produção da estatal. Anuncios de propaganda da época diziam: "Vale a pena esperar um pouco pelo seu JK."
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A FNM (Fabrica Nacional de Motores) vivia em dificuldades financeiras. Criada em 1940 para produzir motores de avião, em 1949 passou a montar caminhões da marca italiana Isotta-Fraschini, que logo em seguida faliu. Em 1952, a Alfa Romeo assumiu o contrato para que a FNM produzisse aqui seus caminhões. Em 1968, com as finanças da estatal no vermelho, o governo resolveu vender sua participação: a Alfa Romeo assumiu a empresa.
A FNM (Fabrica Nacional de Motores) vivia em dificuldades financeiras. Criada em 1940 para produzir motores de avião, em 1949 passou a montar caminhões da marca italiana Isotta-Fraschini, que logo em seguida faliu. Em 1952, a Alfa Romeo assumiu o contrato para que a FNM produzisse aqui seus caminhões. Em 1968, com as finanças da estatal no vermelho, o governo resolveu vender sua participação: a Alfa Romeo assumiu a empresa.
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Surgiram então, no mesmo ano, as primeiras e pequenas mudanças no agora chamado FNM 2000. O friso da grade saiu e o friso lateral, antes curvo, ficou reto. Mudanças maiores só viriam no modelo 1969, que passou a chamar-se Alfa 2150. O capô dianteiro foi rebaixado, perdendo o nariz saliente que caracterizava o carro. O motor cresceu para 2.132 cilindradas e 125 cavalos a 5.700 giros, garantindo a velocidade máxima de 165 Km/h. A alavanca de câmbio desceu do volante para o assoalho. O banco dianteiro foi separado em dois individuais, e as rodas da frente ganharam freios a disco.
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Até quase o final da década de 60, o JK reinava absoluto como único modelo de luxo no mercado nacional. Em 1967, começou a produção do Ford Galaxie com carroceria enorme e motor de 8 cilindros. Seguiram-se em 1969 o Chevrolet Opala e, em 1970, outro carrão americano, o Dodge Dart. Sem as características de esportividade do pioneiro JK, concorriam na verdade em outras faixas. Aliás, foi em 1970 que a produção do JK atingiu o máximo: 1.209 unidades. Era pouco para a importância dele. No total, de 1960 a 1972, foram montados 7.426 unidades.
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Tentando atualizar um carro já com doze anos de fabricação no Brasil e abandonado há algum tempo na Europa, a FNM decidiu lançar em 1972, um 2.150 mais aperfeiçoado. Ao mesmo tempo, intensa campanha publicitária apregoava a atualização do esquema de controle de qualidade, padrão Alfa Romeo e uma contínua expansão da rede de concessionários e de oficinas autorizadas. Considerado, na época, o melhor carro fabricado pela FNM, esse modelo destacava-se por uma grade novamente redesenhada e um novo emblema composto por três símbolos representando o câmbio de cinco marchas, os freios a disco e o motor com duplo comando de válvulas e câmaras de combustão hemisféricas. Inovou-se o sistema de direção com esferas recirculantes, diminuindo o esforço anteriormente exigido para manobrar o carro.
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Nas pistas em 1961, nas 24 Horas de Interlagos, os três JK inscritos, conquistaram os três primeiros lugares da prova. A vitória mais empolgante do JK, contudo, foi na tradicional prova Mil Milhas Brasileiras, disputada no Circuito de Interlagos na quinta edição, em 1960. O JK vencedor foi pilotado por Chico Landi e Christian Heinz. Bom de estrada e bom de pistas, o JK é um marco na indústria automotiva nacional.
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