De Lamare vai correr com um March 74/S
Menos de um mês depois da assinatura do meu contrato com a SPI para uma temporada de dois anos na Europa, estourou a crise do petróleo.
Seria possível que, depois de tantos anos de luta e esperança, eu não conseguiria realizar uma temporada na Europa ?
As notícias eram mais do que alarmantes, pois logo após as primeiras medidas de economia de combustível, como a proibição do uso de automóveis nos fins-de-semana, a maioria dos países europeus, numa decisão um tanto demagógica, simplesmente aboliu o automobilismo em seus territórios, durante o ano de 1974, ou pelo menos até quando persistisse a crise.
Holanda, França, Portugal, Itália e Alemanha não teriam corridas de automóveis este ano.
Ora, como o Campeonato Europeu de Carros Esporte até 2 Litros tinha provas marcadas em todos esses países, cheguei até a pensar na possibilidade de mudar os planos e continuar com a equipe no Brasil.
Mas, como mais da metade do equipamento da equipe aqui já tinha sido vendido e, por outro lado, a equipe na Europa estava praticamente organizada, seria mais difícil começar tudo outra vez no Brasil.
Depois de algumas reuniões com Jaime Levy, diretor da SPI, decidi viajar, acreditando que a situação teria que melhorar. E felizmente, desde que cheguei aqui em Londres, no dia 20 de janeiro, o panorama para o automobilismo esportivo melhora a cada dia.
Todos os países que tinham proibido as corridas, passado o pânico inicial, e também pressionados pela Comissão Esportiva Internacional da FIA, voltaram atrás, aprovando o calendário da FIA para as corridas que possuem status internacional, isto é, Fórmula 1, Esporte Protótipo acima e até 2 Litros, Turismo Grupo 2 e algumas de Fórmula 3.
A economia de combustível será feita nas corridas regionais e de menor importância. Na França, por exemplo, foram aprovadas apenas 223 manifestações de automobilismo esportivo, das 930 programadas para este ano no calendário.
Evidentemente, esses 223 meetings compreendem corridas em circuitos de todas as categorias, subidas de montanha, rallies e kartismo.
A Inglaterra, que não chegou a banir as corridas, programou de outra maneira seu sistema de economia, estabelecendo um corte de 20 por cento na distância em todas as corridas realizadas em seu território e mais um redução de também 20 por cento no número das corridas de nível regional.
Na Inglaterra, as fábricas de carros de corrida, como a March, Lola, GRD e outras, continuam trabalhando com um esforço fora do comum, pois além da falta de gasolina, os ingleses enfrentam a crise de energia.
Em algumas dessas fábricas que não possuem gerador próprio, durante três dias da semana os carros são montados à luz de velas ou lampiões.
Consciente desse esforço e do que as corridas representam para a indústria automobilística em termos de desenvolvimento técnico, o governo britânico encara com bons olhos o automobilismo, não tendo mesmo tomado nenhuma atitude restritiva, deixando aos clubes e aos promotores profissionais a responsabilidade de economizar gasolina.
Seria possível que, depois de tantos anos de luta e esperança, eu não conseguiria realizar uma temporada na Europa ?
As notícias eram mais do que alarmantes, pois logo após as primeiras medidas de economia de combustível, como a proibição do uso de automóveis nos fins-de-semana, a maioria dos países europeus, numa decisão um tanto demagógica, simplesmente aboliu o automobilismo em seus territórios, durante o ano de 1974, ou pelo menos até quando persistisse a crise.
Holanda, França, Portugal, Itália e Alemanha não teriam corridas de automóveis este ano.
Ora, como o Campeonato Europeu de Carros Esporte até 2 Litros tinha provas marcadas em todos esses países, cheguei até a pensar na possibilidade de mudar os planos e continuar com a equipe no Brasil.
Mas, como mais da metade do equipamento da equipe aqui já tinha sido vendido e, por outro lado, a equipe na Europa estava praticamente organizada, seria mais difícil começar tudo outra vez no Brasil.
Depois de algumas reuniões com Jaime Levy, diretor da SPI, decidi viajar, acreditando que a situação teria que melhorar. E felizmente, desde que cheguei aqui em Londres, no dia 20 de janeiro, o panorama para o automobilismo esportivo melhora a cada dia.
Todos os países que tinham proibido as corridas, passado o pânico inicial, e também pressionados pela Comissão Esportiva Internacional da FIA, voltaram atrás, aprovando o calendário da FIA para as corridas que possuem status internacional, isto é, Fórmula 1, Esporte Protótipo acima e até 2 Litros, Turismo Grupo 2 e algumas de Fórmula 3.
A economia de combustível será feita nas corridas regionais e de menor importância. Na França, por exemplo, foram aprovadas apenas 223 manifestações de automobilismo esportivo, das 930 programadas para este ano no calendário.
Evidentemente, esses 223 meetings compreendem corridas em circuitos de todas as categorias, subidas de montanha, rallies e kartismo.
A Inglaterra, que não chegou a banir as corridas, programou de outra maneira seu sistema de economia, estabelecendo um corte de 20 por cento na distância em todas as corridas realizadas em seu território e mais um redução de também 20 por cento no número das corridas de nível regional.
Na Inglaterra, as fábricas de carros de corrida, como a March, Lola, GRD e outras, continuam trabalhando com um esforço fora do comum, pois além da falta de gasolina, os ingleses enfrentam a crise de energia.
Em algumas dessas fábricas que não possuem gerador próprio, durante três dias da semana os carros são montados à luz de velas ou lampiões.
Consciente desse esforço e do que as corridas representam para a indústria automobilística em termos de desenvolvimento técnico, o governo britânico encara com bons olhos o automobilismo, não tendo mesmo tomado nenhuma atitude restritiva, deixando aos clubes e aos promotores profissionais a responsabilidade de economizar gasolina.