quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

24 HORAS DO BRASIL


1976 - A Moto Jumbo/Mavi preparou uma 550 extremamente equilibrada: veloz, forte e fácil de dirigir, e fez um cuidadoso planejamento de corrida. Pela tática da regularidade e resistência, pode passar a prova longe da ponta e assumí-la nas horas finais.

MOTO E PILOTOS: Honda CB-500, pilotada por Ramon Macaya e Plinio Lima.

Ramon Macaya, campeão brasileiro na categoria esporte em 1975 (classe 350/500cc) é um dos pilotos brasileiros com maior experiência em velocidade. Já correu em todos os tipos de motos, desde Honda 125cc até as Yamaha TZ. Conhece profundamente a máquina que vai participar das 24 Horas. Com ela, ganhou as 500 Milhas na categoria Esporte.

Plinio Lima, é um piloto veloz, um pouco menos técnico que Macaya, mas muito brigador. venceu a Taça Centauro com esta mesma máquina. A dupla é muito equilibrada.

PREPARO DO MOTOR E CHASSI: a Honda tem kit 550, comando Yoshimura de 314 graus, cabeçote, molas e válvulas Yoshimura (molas mais elásticas e mais fortes, com menor número de voltas). Câmbio Yoshimura de cinco marchas mais elástico que o normal, fricção Barchi. Potência aproximada 65 HP.

O chassi recebeu dois reforços no berço e em todos os ângulos do triângulo que sustenta a roda traseira. Os pontos de fixação da pedaleira foram mudados. A suspensão dianteira é de Honda 750, com duplo freio a disco hidráulico. Amortecedores traseiros importados de Daytona, especiais para provas de 24 Horas.

É um motor violento mas resistente. O ponto crítico não é muito alto e tem a experiência comprovada da vitória nas 500 Milhas.

PARTE ELÉTRICA: toda original, mas com um dínamo transformado de 150 para 280 watts. A moto andará com três faróis dianteiros, todos de 55 watts. No Retão, só o farol central (de profundidade) será aceso. Nas curvas, permanecerá o central e será aceso o farol do lado da curva em questão (o controle é feito por meio de um comutador na manopla esquerda). Com todos os faróis e lanternas ligados, sobram 3,5 ampéres na bateria.

BOX: o tanque de 24 litros dá autonomia de duas horas à moto. Manolo Victor, o chefe da equipe, planejou uma parada a cada 25 voltas, com uma média de 3m40s por volta. Em cada parada, de 30 segundos, será feita a troca de piloto, reabastecimento, lubrificação da corrente e verificação do nível de óleo.

A Moto Jumbo/Mavi usará pneus Pirelli Mandrake, projetados para durar 24 horas sem necessidade de troca. No caso de furo, a troca dos dois pneus poderá ser feita, segundo Manolo, em 1m30s.