Amigos, o problema da F1 atual não é o ruído do motor, o halo, as barbatanas ou as punições por troca de peças; o maior problema é a supremacia de um único time por um longo tempo.
A Mercedes em 6 anos de 2012 a 2017 conseguiu 65 vitorias. A Red Bull no mesmo período de seis anos entre 2009 a 2014 venceu 51 vezes. A supremacia da Mercedes é muito maior do que foi a da RBR. Faltando 4 corridas para terminar a temporada, a Mercedes ainda pode aumentar essa estatística e chegar a quase 70 vitórias em seis anos.
E a coisa pode piorar no próximo ano, com o Hamilton reinando sozinho na equipe.
Essa corrida de domingo no Japão foi um tédio. Com o Vettel fora da prova no começo, acabou a corrida. O único momento que poderia mudar isso, quando Max colocou pressão no Hamilton, não durou mais que uma volta. A Mercedes ordenou que o Bottas jogasse fora um lugar no pódio para defender Lewis Hamilton dos ataques do Max.
Será que a equipe precisava fazer isso? Com o Vettel fora e Lewis com uma vantagem de mais de 50 pontos ?
Certamente essa ordem não seria cumprida com Rosberg ainda na equipe, mas com o Bottas isso já esta virando rotina. Uma preocupação para o próximo ano. Uma coisa é você trabalhar para o time, outra coisa é você trabalhar para um piloto. No caso do Bottas parece que a segunda opção é o mais provável.
As únicas emoções na prova de ontem foram as batalhas do Felipe Massa, primeiro com as duas Haas e no final da prova com a McLaren do Fernando Alonso.
Felipe foi muito bem na classificação tirando o máximo do carro e na corrida brigou muito. Segurou o quanto pode as duas Haas e no final venceu a briga com o Alonso conquistando um ponto. Fez o possível com um carro ruim. Teve a sorte da Renault abandonar a prova porque seria difícil segurar o Hulk com pneus mais rápido.
P.S. Sou contra esse negócio de divulgar o que acontece no briefing. Tudo bem você filmar como registro histórico para mostrar daqui a dez anos. É um momento importante ( único durante todo o fim de semana) onde todos os pilotos estão reunidos e corre o risco de virar circo ou espetáculo.
