quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

OPINIÃO: CORRIDA NÃO É LUGAR PARA CRIANÇA

Billy Monger é um exemplo que a realidade nem sempre é bonita.


Amigos, estão tentando passar uma imagem das corridas que não corresponde com a realidade. Billy Monger é um bom exemplo da dura realidade das corridas de automóveis.

Corridas sempre foram perigosas e continuarão sendo mesmo depois de implantadas medidas de segurança.

F1 não é, e nunca será uma Disneylândia.

Assim como Asa Delta e Base Jump, Formula 1 sempre será um esporte de risco.

Você daria para o seu filho de 10 anos uma Asa Delta ou paraquedas? Resposta não.

E um Kart?  Pergunte aos pais de Gonzalo Basurto.

Lugar de criança é na quadra de volei e de basquete, não em um autódromo.


Será que com 10 anos ele já tinha noção dos riscos desse esporte


Hoje em dia como os acidentes não são tão frequentes como eram no passado, passa-se a falsa impressão de segurança. É preciso acontecer uma tragédia como a do garoto Billy Monger de 17 anos ou as mortes do Jules Bianchi e Gonzalo Basurto de 10, para trazer a gente de volta a realidade cruel desse esporte.

Causa estranheza as declarações do presidente da FIA, Jean Todt sobre crianças no grid:

"Que experiência inesquecível, para eles e suas famílias. Uma inspiração para continuar dirigindo, treinando e aprendendo para que eles possam sonhar que um dia estarão lá. Que melhor maneira de inspirar a próxima geração de heróis da Fórmula 1".

Será que estes futuros campeões e suas famílias tem total noção dos perigos desse esporte?

Corridas sempre foram perigosas. Gente da minha geração sempre foi contra esse esporte. Nenhum pai aceitava ter um filho piloto. A maioria começava a correr escondido da família.

Agora a iniciativa parte dos pais, porque uma criança de 5 anos ainda não tem capacidade de decisão.

Hoje em dia, talvez em razão das altas cifras que esse esporte movimenta, querem vender uma imagem distorcida das corridas.

A Formula 1 não pode ser comparada com o futebol e basquete.

Esse é um esporte onde a alegria e a tragédia caminham junto. São dois extremos. Essas palavras foram ditas por Wilsinho Fittipaldi, chorando, depois de ver o carro do seu filho dar um looping a 300 km/h, definem bem o que são as corridas.

Quando acontece um acidente a primeira coisa que a tv faz é "não mostrar o acidente". Porque querem passar uma imagem "clean" das corridas. Só mostrar o lado bom do negócio, escondendo o lado ruim embaixo do tapete.

Talvez fosse o caso de antes da transmissão começar aparecer na tela aquela advertência: O ministério pública adverte, esse programa pode conter cenas fortes e violentas...não recomendado para menores de 16 anos.

Na Fórmula 1 moderna com o advento do patrocínio, a indústria do tabaco foi o grande investidor desse esporte. Por razões louváveis, e inquestionáveis, a propaganda de cigarros foi proibida. Apoio cem por cento está proibição, só que não faz sentido você proibir o tabaco e não proibir a propaganda de bebida.

Já que os pilotos são heroes e exemplos para essas crianças do grid, como frisou Jean Todt, não faz sentido vê-los divulgando e bebendo no pódio. Talvez o próximo passo politicamente correto seja proibir a festa da Champagne. Não duvido que isso possa vir a acontecer, porque também seria outra medida "comercial" travestida de "boas intenções", para agradar a turma milionária do "turbante e da burca".


Fangio e Gonzalez choram a morte do compatriota Marimon


Já que a Fórmula 1 quer atrair crianças,vamos proibir a propaganda de cerveja. O que mais a gente vê na tv é propaganda de bebida antes da transmissão começar. Ano passado a etapa brasileira da F1 foi denominada "Grande Prêmio Heineken do Brasil 2017".

Claire Williams saiu em favor da decisão da Fórmula 1 de acabar com as “grid girls” em suas corridas.  “uma decisão que o esporte precisava tomar. Temos que nos mexer no tempo”, acrescentou.

Uma modelo segurar uma placa na frente de seus carros é ofensivo e antiquado, agora, você colocar um garoto de 10 anos na frente de um carro que faz propaganda de álcool não é! Faz sentido.

Essa mesma Claire, que saiu em "defesa das mulheres," não vê problema algum em levar seus carros para países onde a "mulher é tratada como cachorro".

Tirar as mulheres bonitas do grid, não tem nada a ver com feminismo ou emancipação da mulher. É só uma jogada puramente comercial.

A mulher moderna é emancipada e conhece muito bem o seus direitos. Não precisa de um Chase Carey dizendo o que é bom ou não para ela.

As feias que me desculpem, mas o trabalho da grid girls não tem nada de degradante.

É um trabalho como qualquer outro, de divulgação de uma marca e não ofende a imagem da mulher. Então vamos acabar com o trabalho das modelos. Kate Moss e Gisele Bündchen fazem o mesmo tipo de trabalho. O que tem de degradante e ofensivo?  Ser bonita é crime?

A F1 atual resolveu decidir que "tipo de mulher" pode frequentar o autódromo. Só são aceitas se forem: chefe de equipe, jornalista ou pilota (com exceções, se for bonita não pode. Carmen Jordan sentiu na pele esse tipo de preconceito). Modelo não entra mais. Na cabeça desses idiotas antiquados, "modelo" ainda é sinônimo de "vagabunda". Pior, esse tipo de preconceito parte das próprias mulheres.


Phil Hill acaba de se tornar campeão mundial quando recebe a notícia da morte de seu companheiro de equipe


Banir as "grid girls", assim como a introdução do "Halo" são medidas que foram tomadas visando "lucro". Para atrair um certo tipo de público mais "desavisado". Aquele que diz "Sou contra o halo, mas se for para salvar uma vida sou a favor".

Amigo, "se for para salvar uma vida", não comprei um kart para o seu filho de 5 anos! É simples assim.