1974 - À sua frente havia uma reta de quase dois quilômetros e, como estava atrasado, Adu Celso acelerou fundo o motor V8 do Mercedes Benz 280.
Ele voltava para sua casa em Epe, Holanda, na companhia da namorada. Mas um coelho atravessou a estrada, margeada por bosques dos dois lados, e Adu foi obrigado a fazer uma manobra rápida.
Virou o carro para a esquerda, batendo de leve ainda no coelho. Então, a roda traseira esquerda saiu do asfalto, pegando na lama e o Mercedes começa a derrapar.
Sem conseguir controlar o carro, bateu num poste de luz e a suspensão dianteira entrou por baixo dos pedais, quebrando-lhe as duas pernas.
O carro bateu ainda em mais três árvores, voou a uma altura de 4 metros e voltou a bater no chão.
No hospital da cidade de Zwolle, para onde foi levado pelo fotógrafo Sergio Iasi, que o seguia de perto, Adu ficou quatro horas na mesa de operação.
Na perna esquerda, fraturou a tíbia, o perônio e o tornozelo. Na direita, o perônio e o tornozelo. Além disso, Adu Celso quebrou o nariz e ainda teve um corte na testa.
Silvinha, a namorada, teve mais sorte. Jogada para fora do carro pelo pára-brisa, só cortou o supercílio e fraturou o pulso direito.
Adu voltará ao Brasil em setembro, depois de dispensar as muletas no fim deste mês. E poderá treinar outra vez, quinze dias após a retirada do gesso das pernas.
" Este ano o campeonato acabou para mim. Mas, logo que puder, vou treinar e espero usar a pista de Interlagos."
Adu quer participar da prova internacional que será realizada em São Paulo, em novembro.
Além disso, está animado para o próximo Campeonato Mundial, pois acha que aprendeu bastante, durante o tempo em que esteve correndo na Europa, e que, graças aos melhoramentos introduzidos em suas máquinas, por ele e pelo mecânico Ferrie Swaep, em 1975 obterá melhores resultados.
"E no ano que vem virei mais cedo para a Europa, para disputar provas internacionais antes do Campeonato Mundial."