sábado, 10 de novembro de 2018

ANO DECISIVO PARA SETTE CÂMARA




Pessoal, uma boa notícia da entrada de Sette Câmara no time McLaren. Não importa o fato dele não sentar no carro nas sexta, ficar só no simulador ou outra coisa. O importante é que com esse vínculo com a McLaren ele mantém o seu nome em evidência.

Muita gente que competiu com ele esse ano, vai sumir do mapa, mas ele com esse acordo com um time de F1, já ajuda bastante.

Precisa encarrar a próxima temporada na F2 como decisiva na sua carreira. Não pode errar se ainda quiser alimentar o sonho de pilotar um F1.

O importante é não fazer cagada e ser competitivo. É fácil falar de fora, mas tem que ter cabeça e não fazer besteiras. Porque se deixar a maionese desandar, no final do ano ninguém mais fala dele. Vai ser só mais um que passou pela F2.

Esta numa situação em que o dinheiro já não é o mais importante. O negócio a partir de agora só depende dele. Tem que mostrar resultados ou estará queimado.

A F1 passa por um momento em que há mais pilotos que assentos. É como aquela brincadeira de rodar em volta das cadeiras. Vão tirando uma por uma e no final só sobra uma cadeira para dez pilotos.

Com a extinção dos times pequenos, que sempre foram a porta de entrada para os novatos, hoje em dia é muito mais difícil conseguir entrar no fechado circo da F1.

Não é mais uma questão de só precisar de dinheiro, talento ou ser "apadrinhado". Exemplo do Esteban Ocon que corre o risco de ficar de fora.

Hoje em dia além de sorte é preciso ralar muito. E para esses jovens pilotos fica mais complicado.

Fica complicado porque antigamente era diferente, e o cara tinha que "ralar muito mais" antes de chegar à F1. Exemplos de Piquet, Emerson, Lauda...nenhum desses tinha um "papai" do lado organizando tudo na sua carreira. Era o próprio piloto que nas categorias de base gerenciava as coisas. Um Piquet, um Alex Dias, tinha que se virar para conseguir um jogo novo de pneus ou correr atrás do melhor preparador de motores.

Hoje em dia, até chegar à F2, o piloto na maioria das vezes, tem tudo de "mão beijada". É o papai ou o "coach" que cuida de tudo. Hamilton, Vettel, antes de chegarem à F1, nunca tiveram que se preocupar em arrumar um jogo novo de pneus para uma corrida de F3 na Alemanha, por exemplo. Coisa que um Moreno ou um Alex Dias Ribeiro tinham que se virar para conseguir. Vocês estão entendendo onde quero chegar?

Não estou dizendo que hoje é mais fácil ou mais difícil chegar à F1. O meu ponto é que antigamente o piloto chegava "mais calejado" na F1, do que acontece hoje em dia.

Hoje com um bom patrocínio, você chega (fácil?) na F2, mas daí pra frente só dependerá de você. Só aí, é que você vai começar a sentir como "é duro" chegar na F1.

Nos anos 60, 70 e 80 o cara chega na F2 mais pelo talento que pelo dinheiro. Muitas vezes competindo nessa categoria com pilotos da F1. Hoje o dinheiro é o mais importante na F2. Só que na F1 a coisa não mudou, o talento ainda é o que faz a diferença. Se você não mostrar resultado está "queimado" rapidinho.