Giuseppe "Pino" MarinelliGiuseppe Marinelli, também chamado pelos mais íntimos de "Pino", nasceu em San Michele Bari , na Itália. Com 18 anos começou a trabalhar na Abarth , na época uma pequena oficina particular de propriedade do lendário Carlo Abarth.
Alguns anos mais tarde montou sua própria oficina em Turim e logo passou a atender muita gente da Fiat. O convite para trabalhar na empresa não demorou e Marinelli fechou sua oficina para se tornar "collaudatore" de protótipos da Fiat.
Este termo é muito amplo em italiano já que, o callaudatore, além de ser um piloto de testes deve ter bons conhecimentos de mecânica, pois muitas vezes estes testes se estendem por regiões remotas, como desertos da África e a neve dos pólos.
Nos poucos momentos de folga que tinha, ele começou a preparar carros e correr em provas de Subida de Montanha, bastante populares na Europa. Em 1974 foi escolhido para fazer parte da equipe responsável pelos testes do Fiat 147, que seria lançado no Brasil em 1976. Giuseppe Marinelli veio apenas para desenvolver estes testes com o 147.
Porém, acabou ficando por ter gostado do clima e do país. Logo comprou uma casa na cidade de Contagem, próximo a Betim em Minas Gerais, e resolveu trazer todos os equipamentos que tinha em sua oficina italiana, passando a se dedicar a preparação de modelos da Fiat, para corridas e também para rua, em nosso país.
Com seus conhecimentos acabou sendo um dos responsáveis pela vitória da Fiat no Primeiro Campeonato Brasileiro de Marcas, disputado em 1983 quando era preparador e chefe da Equipe Sada, cujo principal piloto, o mineiro Toninho da Matta, se sagrou campeão de pilotos.
Marinelli, por sua vez recebeu o troféu como melhor preparador do campeonato, além de também ter se destacado como piloto. No ano de 1984 os Fiats não tiveram nenhuma chance contra os Voyages e em 1985, Marinelli resolveu se dedicar novamente as provas de Hot-Car, onde já havia corrido antes do Campeonato de Marcas. Com seu Fiat Uno acabou conquistando o titulo na categoria até 1800 cm³ , além de incomodar bastante os pilotos dos Opalas em todas as provas.
