quarta-feira, 26 de setembro de 2012

PHOENIX

das cinzas ressurge o 280 SL




A idéia surgiu quando um proprietário do modelo original resolveu duplicá-lo e comercializar o sonho de muitos automobilistas de meados da década de 60, ainda hoje capaz de virar cabeças ao desfilar nas ruas com seu charme inigualável.

Começamos a contatar Luiz Henrique Mignone, Luis Veloso e Leonaldo Costa quando a primeira réplica do Mercedes Benz 280 SL estava sendo montada, e pudemos participar de muitas discussões sobre o acabamento, detalhes, levando até mesmo algumas sugestões.

Partindo de um Opala duas portas, cuja carroceria é cortada com serra elétrica, chega-se a uma plataforma com quatro caixas de roda, a parede de fogo e as partes estruturais.

Esta plataforma é encurtada para atingir os 240 cm de entre-eixos do Mercedes, e depois revestida em ambos os lados com fibra de vidro, tornando-a mais resistente e imune á ferrugem.

O habitáculo é composto por uma "banheira" que tem seus limites na própria parede de fogo, nas laterais e no fundo do porta-malas.

O arco do pára-brisas é formado pela barra anticapotagem em aço, que tem suas extremidades inferiores soldadas a perfis do mesmo material, fixados à plataforma e à carroceria, sendo que estes perfis também são o berço para as dobradiças das portas.

O chassi leva algumas peças de aço que casam com chapas igualmente em aço ensanduichadas na carroceria. As duas parte são soldadas e todo o conjunto é então coberto com fibra de vidro, tornando-se monobloco.

O Phoenix, em três versões, com teto rígido, fixo ou removível e capota de lona, é moldado com material auto-extinguivel e, segundo testes feitos pelo fabricante, cinco segundos após a retirada da fonte de calor a chama apaga-se por reação quimica na fibra de vidro.

Para auxiliar esta característica, existem cinco saídas para o extintor, montado no porta-malas, quatro no compartimento do motor e a outra para o tanque de combustível, este revestido inferiormente com fibra de vidro. O equipamento é baseado nos sistemas utilizados em carros de competição, com o comando eletromagnético localizado no painel.



Será utilizada integralmente a mecânica GM, com motores Opala de 4 e 6 cilindros e câmbios automaticos ou manuais de 4 marchas.

A disposição dos elementos, como motor dianteiro e tração traseira, reproduz fielmente o 280 SL. As suspensões dianteira e traseira do Phoenix continuam idênticas às da linha Opala, apenas endurecendo-se os amortecedores, para melhor controle das ocilações.

Bem trabalhada, a fibra de vidro não apresenta ondulações no veículo analisado. As peças são de grande espessura, esperando-se boa resistência. Foram reproduzidos os mínimos detalhes do MB 280 SL, como pára-choques e frisos, por exemplo. Para a confecção dos moldes um Mercedes verdadeiro foi inteiramente desmontado.

A capota de lona é semelhante em aspecto à alemã, mas com um acionamento mais simples. A tampa do motor possui abertura automática via duas molas a gás. Os faróis são importados e de dois tipos: modelo europeu com lente integral cobrindo todo o conjunto ou para o mercado americano, com farol principal redondo aparente e lanternas de grande tamanho.

O Phoenix promete ser o novo "hit" do verão carioca, apesar do preço estimado em Cr$ 7 milhoes. É baseado em um modelo de presença marcante e assim também deverá comportar-se. Tal e qual a ave da mitologia grega que lhe emprestou o nome, o Mercedes Benz 280 SL morreu e renasceu das cinzas.

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